domingo, 3 de abril de 2011

“Solar Lottery”
1955
Philip K. Dick
Lido na net (Vitor Hugo)
Ano 2203.
Imaginem o nosso mundo sem os sistemas social, político e económico tal e qual como os conhecemos. Imaginem que os níveis de confiança na sociedade em relação aos sistemas descem até ao ponto de ruptura. Tanto a sociedade como a economia e a política desmoronam-se, e os Governos sentem a obrigação, ou a necessidade, de criarem um novo sistema base alternativo à velha ordem social.

Minimax é um sistema onde predomina a ideia de aleatoriedade e sorte, em vez de certeza e predefinição. Com base nos jogos de azar, o Minimax promove uma lotaria que abrange todo o sistema solar; lotaria esta que tem como objectivo dar oportunidade a qualquer pessoa de se tornar o Interrogador-Chefe – o estatuto mais alto da sociedade com poderes legislativos. Contudo, o vencido terá a oportunidade de convencer o novo Interrogador-Chefe a abandonar o posto; e nesta missão, não há grandes regras ao ponto de ser permitido o assassínio. Mas para dificultar essa missão, o Interrogador-Chefe tem do seu lado um grupo de telepáticos, ou seja, com o poder de ler a mente de qualquer pessoa numa determinada distância. Conseguirá o assassino desviar-se deste poderoso grupo?

“Solar Lottery” é uma narrativa que explora a possibilidade de uma outra sociedade, com regras distintas e horizontes de entendimento bastante diferentes do que estamos habituados. A certeza é uma miragem, e neste sistema está em jogo a sorte ou o azar. Conseguem imaginar uma vida nestes pilares? Conseguem conceber uma sociedade que é controlada por telepáticos, com a capacidade de desvendar qualquer plano perverso?
Um livro interessante, como o Philip K. Dick já nos habituou.

Victor Hugo

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